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24 de julho de 2019

Série : Tratamento Medicamentoso no Idoso - 2ª parte

Medicamentos em Idosos  

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS  e
EFEITOS ADVERSOS
Exemplos:

·      Antipsicóticos: empregados para controlar os sintomas psicóticos, podem causar efeitos similares aos da doença de Parkinson. Risco: nos idosos, esses sintomas podem ser medicados com anti-parkinsonianos, como se fosse de fato doença de Parkinson, produzindo os sérios efeitos adversos desses medicamentos: hipotensão ortostática, delirium, náuseas e muitos outros, com agravamento do problema inicial.

·      Inibidores da colinesterase (p. ex., donepezila) podem ser prescritos para os pacientes com deficiência de memória. Risco: podem causar diarreias, incontinência urinária, câimbras, fadiga, insônia, e muitos outros, debilitando ainda mais o paciente, que receberá mais outros medicamentos visando a tratar os novos sintomas.


No quadro acima, dois medicamentos desnecessários
foram adicionados, elevando perigosamente os
efeitos adversos pelas interações medicamentosas.


A melhor estratégia teria sido a redução da dose do medicamento anterior e, caso não resolvesse,  a mudança da terapêutica para um medicamento de mecanismo de ação diferente.


Todos nós, Profissionais de Saúde,
estamos  sempre  atentos
à possibilidade de um novo sintoma
decorrer da terapia medicamentosa empregada.


Hospitalização 
em decorrência dos efeitos adversos dos medicamentos 
é 4 vezes maior em pacientes idosos (17%), 
quando comparados aos jovens (4%).

Medicamentos podem ser ineficazes em idosos por:
·      sub-prescrição -  por preocupação com os efeitos adversos;
·      baixa adesão  - devido a limitações financeiras ou cognitivas do paciente.

Efeitos adversos
São indesejáveis, desconfortáveis ou perigosos:

sedação excessiva, confusão mental, alucinação, quedas, fraturas, hemorragia levam à redução da expectativa de vida.

Razões da maior suscetibilidade de efeitos adversos 

a medicamentos nos idosos:

·      esses frequentemente precisam maior número de  medicamentos - polifarmácia;  

·      apresentam alterações fisiológicas tanto na farmacodinâmica - mecanismo de ação do fármaco -  como na farmacocinética - sua distribuição no organismo;
·      ambas as alterações acima aumentam o risco de efeitos adversos.
·      efeitos adversos podem ocorrer mesmo em jovens, mesmo com medicamentos prescritos e usados de maneira apropriada. 
    Ex: reações alérgicas nem sempre são previsíveis ou evitáveis.
·      nos idosos é comum que muitas classes de fármacos estejam envolvidas: antipsicóticos, miorrelaxantes, analgésicos, antiinflamatórios, antihipertensivos, anticoagulantes ou antiplaquetários, hipoglicemiantes, vitaminas, hipolipêmico,  antidepressivos,  ansiolíticos hipnoindutores e muitos outros.

No novo post a seguir: 3ª e última parte: Monitoramento adequado do paciente idoso.

 

Um comentário:

  1. Elimar, o texto é elucidativo e preocupante pois falta ao paciente conhecimento dos possíveis efeitos colaterais. O seu blog é alerta e um documento para nós, pacientes.De emos relatar só nossos médicos as nossas dúvidas e dificuldades, sem inibição. Esse blog nos fortalece e encoraja a uma melhor relação médico-paciente. Obrigada por nos instruir e cuidar sempre.

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