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2 de dezembro de 2018


 SÍNDROME DE EKBOM

Trata-se de um quadro neuropsiquiátrico, caracterizado 
por  delírios de infestação parasitária na pele, descrito 
em 1938, pelo neurologista sueco Karl Axel Ekbom, 
mais conhecido por sua descrição detalhada 
da Síndrome das Pernas Inquietas***veja texto neste blog. 


Karl Axel Ekbom

É uma síndrome neuropsiquiátrica na qual o paciente apresenta a crença delirante de que sua pele está infestada por insetos, vermes ou outros pequenos animais.
Mais comum no sexo feminino, de idade mais avançada, com pouca  interação social.

Por não reconhecer os sintomas como um quadro psiquiátrico, a família recorre a vários métodos e tratamentos fadados ao insucesso, levando o paciente 
e a família ao desespero.




 Com o agravamento, família fica alarmada e procura auxílio apenas quando as medidas de aconselhamento e de garantias de que não tem bichinhos na sua pele não surtem mais efeito e a pessoa passa a se coçar com grande aflição, chegando a provocar lesões, e até mutilações, de diversas proporções, em sua pele, na tentativa de retirá-los.

As manifestações psiquiátricas desta síndrome podem variar desde os delírios acima mencionados, 
e outros sintomas psicóticos, 
a sintomas fóbicos e obsessivos.

Delírios são crenças fixas, inabaláveis, que não estão de acordo com a cultura na qual o paciente está inserido. 

Os delírios estão entre os sintomas mais desafiadores 
da psiquiatria, pela multiplicidade de crenças 
que podem ser encontradas.

É comum que os pacientes guardem em caixas debris, tecidos descamativos, cabelos, crostas, poeira, folhas, partes de insetos, dentre outros detritos que se aderem às lesões, levando-os à consulta médica na tentativa de provar que estão sendo parasitados. 

É chamado de “sinal da caixa de fósforo”.

Esse quadro pode apresentar comorbidade com: 
neurite periférica, diabetes mellitus e demência. 
Além disso, a capacidade de descrever os 
parasitas com detalhes e até desenhá-los 
é outro componente da síndrome. 




Quando esses pacientes não se isolam socialmente são capazes de induzir o transtorno psicótico em outra pessoa (folie à deux), o que corresponde de 5 a 25% dos casos. 
As mulheres induzem mais do que os homens.

O tratamento pode ser feito utilizando-se corretamente os psicofármacos mais indicados, 
com cuidados em relação aos demais medicamentos 
em uso pelo paciente, tendo  em mente as perigosas interações medicamentosas, 
cada vez mais temidas pela potência farmacológica 
de todos os medicamentos. 

Além disso, é importante que 
o paciente passe a interagir socialmente.









2 comentários:

  1. Parabéns! Uma informação nova e importante para os nossos tempos, em que a expectativa de vida tem aumentado graças aos estudos e avanços científicos.

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    1. Ter essa noção, de fato, é o principal fator de compreensão do quadro e consequente busca correta de alívio para a pessoa afetada. Muito obrigada.

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