Série - Problemas de Memória
Parte 2.
MEMÓRIA do IDOSO: PERGUNTAS COMUNS
MEMÓRIA do IDOSO: PERGUNTAS COMUNS
1. Tranquilizantes reduzem a
memória?
Ø EJ - Muitos fármacos - mesmo
não sendo tranquilizantes -
interferem no funcionamento do cérebro e, consequentemente, na memória.
Trabalhamos hoje com fármacos muito mais específicos do que há 60
anos, mas ainda não temos medicamentos que atuem exclusivamente em um só grupo
neuronal do Sistema Nervoso Central (SNC).
A ação farmacológica, e os efeitos, podem predominar por exemplo, nos
neurônios motores (dos movimentos), e não nos neurônios cognitivos (das
emoções, raciocínio, sentimentos e pensamentos), mas ainda não deixam de
interferir no cérebro como um todo.
Pesquisas no mundo todo tentam, incansavelmente,
chegar a essa precisão farmacológica.
Quando o idoso sadio permanece ativo em todos os sentidos, intelectualmente também, o prejuízo será mínimo, ou não existirá.
chegar a essa precisão farmacológica.
Quando o idoso sadio permanece ativo em todos os sentidos, intelectualmente também, o prejuízo será mínimo, ou não existirá.
2. Como se pode reconhecer um
problema de memória?
Ø EJ - Muitas vezes a pessoa está insatisfeita com o desempenho da sua
memória, e é importante avaliar a extensão da sua queixa. Na maioria dos casos, não é indício de doença cerebral.
Ø Pode ser uma desadaptação da pessoa com o momento da sua vida: profissional, afetiva,
financeira, sobrecarga de atividades, depressão-ansiosa, que merecem ser
cuidadosamente observadas, e que desaparecerão com as correções necessárias.
Ø Quando a própria pessoa apresenta a queixa, pode tratar-se de uma questão
funcional. Ela está descontente com a memória que, analisada por testes e
critérios específicos, mostra-se de padrão normal para a idade e perfil
cultural, e sua família não confirma alterações.
Ø Quando, porém, a queixa parte dos familiares, o caso merece ser muito
investigado, porque aqui estão os casos da pessoa que não se queixa. No
entanto, os familiares e colegas de trabalho relatam fatos reais que podem
indicar que a ela apresenta um
problema neuronal de memória.
A pessoa não se dá
conta disso e
nega as informações
dos parentes e amigos.
3. Qual é o melhor tratamento para a redução da memória?
EJ - Para qualquer tratamento é
necessário um diagnóstico.
Todas as queixas merecem ser
corretamente ouvidas e criteriosamente avaliadas, já que o tratamento das
queixas de memória depende da sua causa, que nem sempre será clara. Essa conduta deve ser
obrigatoriamente seguida para todas as pessoas e para todas as queixas, sem
exceção.
Ø Além da anamnese completa, com a pessoa e com os parentes, avaliação
dos exames laboratoriais já realizados, é imprescindível que o profissional de
saúde faça um inventário de todos os medicamentos (incluindo homeopáticos,
fitoterápicos, chás terapêuticos, etc.), em uso atual ou recente, pela pessoa.
Todos têm efeitos no organismo e podem causar efeitos colaterais, que podem se
refletir negativamente na memória.
Ø Infelizmente, não contamos ainda com fármacos que atuem muito bem na
restauração da memória quando o problema é neural. Alguns produzem um alívio
relativo dos sintomas por um tempo apenas.
Ø Exercícios de treino de memória podem promover uma ajuda, que será efetiva caso não exista agravamento da perda neuronal.
Investigar o mais cedo possível, já que sem doença, a qualidade da memória,
devidamente utilizada,
não difere entre a memória do
não difere entre a memória do
adulto
normal para o idoso normal.
Fico ao dispor dos leitores para responder perguntas sobre o tema.
Próximo: 3ª parte (final) Estresse e dano neural
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