Fatores de risco associados à infecção por
coronavírus
em profissionais de saúde
· História - COVID-19 - onde
tudo começou:
Risk Factors of Healthcare Workers with Coronavirus
Disease 2019: A Retrospective Cohort Study in a Designated Hospital of Wuhan in
China.
Médicos e enfermeiros:
foram incluídos os que apresentaram sintomas respiratórios agudos: tosse,
febre, bradipneia, desconforto torácico, cefaleia, diarreia, hemoptise, e outros sintomas
relacionados à doença respiratória.
Esses profissionais responderam a questionários online com
informações sociodemográficas, tempo até início de sintomas, história de
contato, prática médica, higienização das mãos e uso adequado de EPI.
Resultados
Um total de 83
questionários foram coletados, dos quais 72 foram considerados válidos (taxa de
efetividade de 86,75%). Destes, 39 pertenciam a profissionais classificados
como de baixo risco (grupos gerais) e 33 foram classificados como alto risco.
As idades variaram
de 21 a 66 anos. A média de horas trabalhadas era de 8h/dia.
Dos 72 questionários, 28 participantes
foram diagnosticados com Covid-19.
Os sintomas mais
comuns foram: febre (85,71%), tosse (60,71%), bradipneia (7,14%), desconforto
torácico (7,14%), cefaleia (7,14%), diarreia (7,14%) e hemoptise (7,14%).
História epidemiológica: 1. contato com caso confirmado; 2. higienização das mãos inadequada; 3. higienização
das mãos antes do contato com o paciente sub-ótima; 4. higienização das mãos
depois do contato com o paciente sub-ótima; 5. EPIs (Equipameto de Proteção Individual) inapropriados.
A realização de procedimentos, incluindo reanimação
cardiopulmonar e aspiração de secreções, não mostrou associação com infecção
dos profissionais.
Não houve casos
de intubação orotraqueal incluídos na análise.
1.
Embora contatos com pacientes sejam
um vínculo epidemiológico importante, contatos com familiares diagnosticados
com Covid-19 também foram um fator associado à infecção dos profissionais.
2.
Febre e tosse foram os sintomas
encontrados mais comuns.
3.
Higienização inadequada das mãos se
mostrou um fator com risco maior do que inadequação de EPI, reforçando a
importância da adesão dessa medida no manejo desses pacientes.
4.
Longas horas de trabalho também se
mostraram como fatores de risco.
Limitação do número de horas de turnos e revezamento de equipes podem passar a fazer parte das estratégias para evitar a infecção dos profissionais de saúde que lidam diretamente com a assistência de pacientes diagnosticados com Covid-19.
Limitação do número de horas de turnos e revezamento de equipes podem passar a fazer parte das estratégias para evitar a infecção dos profissionais de saúde que lidam diretamente com a assistência de pacientes diagnosticados com Covid-19.
Ran, L, Chen, X, Wang, Y, Wu, W, Zhang, L, Tan,
X. Risk Factors of Healthcare Workers with Coronavirus
Disease 2019: A Retrospective Cohort Study in a Designated Hospital of Wuhan in
China. Clinical Infectious Diseases, ciaa287, https://doi.org/10.1093/cid/ciaa287 Modificado de Isabel Cristina Melo Mendes Infectologista
pelo Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (UFRJ) ⦁ Graduação em Medicina na Universidade Federal do Rio de Janeiro
ATENÇÃO: USO UNIVERSAL DE MÁSCARA
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