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18 de abril de 2020


Fatores de risco associados à infecção por coronavírus
em profissionais de saúde

·        História - COVID-19 - onde tudo começou:

 Risk Factors of Healthcare Workers with Coronavirus Disease 2019: A Retrospective Cohort Study in a Designated Hospital of Wuhan in China. 






Médicos e enfermeiros: foram incluídos os que apresentaram sintomas respiratórios agudos: tosse, febre, bradipneia, desconforto torácico, cefaleia, diarreia, hemoptise, e outros sintomas relacionados à doença respiratória.
Esses profissionais responderam a questionários online com informações sociodemográficas, tempo até início de sintomas, história de contato, prática médica, higienização das mãos e uso adequado de EPI.

O desfecho foi o  diagnóstico de Covid-19 por meio de PCR.

Resultados

Um total de 83 questionários foram coletados, dos quais 72 foram considerados válidos (taxa de efetividade de 86,75%). Destes, 39 pertenciam a profissionais classificados como de baixo risco (grupos gerais) e 33 foram classificados como alto risco.
As idades variaram de 21 a 66 anos. A média de horas trabalhadas era de 8h/dia.
Dos 72 questionários, 28 participantes foram diagnosticados com Covid-19.
Os sintomas mais comuns foram: febre (85,71%), tosse (60,71%), bradipneia (7,14%), desconforto torácico (7,14%), cefaleia (7,14%), diarreia (7,14%) e hemoptise (7,14%).
História epidemiológica: 1. contato com caso confirmado; 2. higienização das mãos inadequada; 3. higienização das mãos antes do contato com o paciente sub-ótima; 4. higienização das mãos depois do contato com o paciente sub-ótima; 5. EPIs (Equipameto de Proteção Individual) inapropriados.
A realização de procedimentos, incluindo reanimação cardiopulmonar e aspiração de secreções, não mostrou associação com infecção dos profissionais.
Não houve casos de intubação orotraqueal incluídos na análise.
1.   Embora contatos com pacientes sejam um vínculo epidemiológico importante, contatos com familiares diagnosticados com Covid-19 também foram um fator associado à infecção dos profissionais.
2.   Febre e tosse foram os sintomas encontrados mais comuns.
3.   Higienização inadequada das mãos se mostrou um fator com risco maior do que inadequação de EPI, reforçando a importância da adesão dessa medida no manejo desses pacientes.
4.   Longas horas de trabalho também se mostraram como fatores de risco. 
    Limitação do número de horas de turnos e revezamento de equipes podem passar a fazer parte das estratégias para evitar a infecção dos profissionais de saúde que lidam diretamente com a assistência de pacientes diagnosticados com Covid-19.




Ran, L, Chen, X, Wang, Y, Wu, W, Zhang, L, Tan, X. Risk Factors of Healthcare Workers with Coronavirus Disease 2019: A Retrospective Cohort Study in a Designated Hospital of Wuhan in ChinaClinical Infectious Diseases, ciaa287, https://doi.org/10.1093/cid/ciaa287 Modificado de Isabel Cristina Melo Mendes Infectologista pelo Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (UFRJ) Graduação em Medicina na Universidade Federal do Rio de Janeiro

ATENÇÃO: USO UNIVERSAL DE MÁSCARA



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