DOENÇAS
RARAS / VIDAS PRECIOSAS
Elimar Jacob Psiquiatra
Participou Geralda Fonseca Jacob
28.02 - DIA MUNDIAL DAS DOENÇAS RARAS
Assim designado para chamar a atenção da ciência e dos
governos de todo o mundo.
Doenças
raras são aquelas que acometem no máximo
65 casos
diagnosticados por 100 mil habitantes.
Trata-se
de um conjunto de doenças degenerativas, progressivas, crônicas, que atinge
cerca de 500 milhões de pessoas no mundo e, por estimativa, cerca de 13 milhões no Brasil.
São conhecidos mais de 6 mil tipos de doenças raras, em sua maioria causadas por
desordens genéticas, sendo a maioria
incapacitante e sem cura.
UMA HISTÓRIA REAL:
Quando descobriu que o seu filho caçula, Théo, hoje com 6 anos, havia
nascido com uma doença rara, e que até alimentos unânimes como o leite materno
poderiam matar seus neurônios, a jornalista
Larissa Carvalho, BH, descobriu também que o diagnóstico havia
chegado tarde demais para ele.
A doença de seu filho não foi rastreada pelo Teste do Pezinho disponível
no Sistema Único de Saúde (SUS) para todos os recém-nascidos, o que fez com que
o bebê perdesse neurônios fundamentais para o seu desenvolvimento. No sistema
público, o teste do pezinho só é capaz de rastrear seis doenças, enquanto na
rede privada pode alcançar 53 diferentes enfermidades raras. Sem o diagnóstico,
Théo não teve acesso ao tratamento necessário, o que lhe garantiria muitas
conquistas: falar, firmar os pés no chão, chutar bola, correr, pular.
Normalmente revelado pelo teste ampliado no quinto dia de vida, o diagnóstico só chegou quando o bebê completava 1 ano e 10 meses. Desde então, junto com a ONG Instituto Vidas Raras, Larissa tem travado uma ampla batalha com o objetivo de impedir que sua história se repita para milhares de bebês que ainda vão nascer. "Acho que estou dando conta dessa missão", disse há uma semana. "Não desisto até o 'sim' do presidente." O "sim" de Jair Bolsonaro veio nesta quarta-feira (26), quando foi sancionado o PL 5043/20, que garante a ampliação do teste para 50 doenças na rede pública de todo o país.
É uma
corrida contra o tempo já que há um prazo ideal,
muito
curto, para os pacientes se beneficiarem.
Para que isso seja possível, o diagnóstico precoce
é fundamental.
Teste de
Guthrie - ou Teste do Pezinho -
chegou ao Brasil em 1976, através da APAE (Associação dos Pais e Amigos dos
Excepcionais) e identificava duas doenças, a fenilcetonúria e o hipotireoidismo
congênito - ambas, se não tratadas a tempo, podem levar à deficiência mental.
Robert Guthrie (28.06.1916 — 24.06.1995) médico e microbiólogo
norte-americano, introdutor dos Testes de Triagem Neonatal de Erros Inatos do Metabolismo.
1. AME – Atrofia Muscular Espinhal - sua terapia já está aprovada, e se realizada desde o início da fase inicial da doença modificará significativamente a vida do paciente.
2. Distrofias Hereditárias da Retina - podem levar à cegueira: as alterações podem se iniciar no bebê e se tornarem evidentes na adolescência.
3. Hemofilia, além de muitas outras. Já disponíveis na rede privada.
Terapias Gênicas.
Feitas
a partir de material vivo, manipulado para ação terapêutica, elas vêm dando
origem a tratamentos inovadores e eficazes.
Essas técnicas vão revolucionar
a medicina, a esperança e o futuro dessas crianças.
“O paciente tem um gene que não funciona, levando o neurônio à atrofia e
à degeneração prematura. Na terapia gênica um gene normal é acoplado a um “vírus
do bem”, que o transporta no organismo de forma a proteger esse neurônio”. Geneticista Roberto Giugliani, do HC de Porto
Alegre.
Infelizmente,
os recursos do SUS para o diagnóstico e a terapêutica no Brasil, apesar das
lutas prévias dos médicos, geneticistas, cientistas e, especialmente das
famílias, abrangiam até agora um número muito pequeno de testagem das possibilidades
diagnósticas de determinantes genéticos para doenças debilitantes,
incapacitantes e irreversíveis, bem como de suas terapêuticas.
AVANÇO = A
Triagem Neonatal, conhecida como Teste do Pezinho, foi finalmente AMPLIADA.
O presidente Jair Bolsonaro
sancionou o Projeto de Lei nº 5.043 que amplia o número de doenças detectáveis
pelo teste realizado em todos os recém-nascidos, alterando o
Estatuto da Criança e do Adolescente, para aperfeiçoar o Programa Nacional de
Triagem Neonatal.
Foi sancionada a Lei
nº 14.154, que amplia de 06 para 50 o número de doenças rastreadas pelo Teste do Pezinho oferecido
pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Doenças relacionadas a imunodeficiências primárias serão
detectadas nas primeiras horas de vida dos recém-nascidos, possibilitando a sua
correção e a chance de vida normal para essas crianças.
AMPLIAÇÃO DO TESTE
Primeira
etapa: doenças
relacionadas ao excesso de fenilalanina, patologias relacionadas à hemoglobina,
e toxoplasmose congênita.
Segunda
etapa: nível sérico elevado de galactose, aminoacidopatias,
distúrbio do ciclo da ureia, distúrbios da betaoxidação de ácidos graxos.
Terceira
etapa: doenças
que afetam o funcionamento celular.
Quarta etapa: problemas genéticos do
sistema imunológico.
Quinta
etapa: será testada a atrofia muscular
espinhal.
Essa
triagem ampliada aumentará a chance da sobrevivência normal, da integração
social, da preservação da capacidade cognitiva e da qualidade de vida dessas
crianças e de seus familiares.
Fonte do texto acima: Ministério da
Saúde – site https://www.saude.gov.br
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Participação: Carolina Jacob Daniel – Fonoaudióloga –
Referência Técnica em Triagem Auditiva Neonatal da Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora.
São direitos do recém nascido (RN) as vacinas, o exame clínico, os exames de TRIAGEM
AUDITIVA NEOANTAL, TESTE DO PEZINHO, TESTE DO OLHINHO E DO CORAÇÃOZINHO, que possibilitam
o tratamento precoce, em caso de necessidade, evitando graves problemas
incapacitantes.
TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL - Lei Federal Nº 12.303: É obrigatório
que toda maternidade faça exame de EMISSÕES OTOACÚSTICAS EVOCADAS TRANSIENTES,
nome popular do Teste da Orelhinha, em todos os recém nascidos.
" Esse grupo de triagens garante e preserva o desenvolvimento normal
da criança, evitando uma triste invalidez.”
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Recado Final - MÃE: informe-se com o seu/sua
Obstetra / Ginecologista se é conveniente complementar com os outros testes
para esse fim, já disponíveis na rede particular, enquanto os do SUS vão
chegando.
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