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18 de maio de 2022

 



Luto Traumático

(Traumatic Grief)

Reação a uma perda súbita, inesperada, extremamente dolorosa, de pessoa amada.

                                                                                                                 Elimar Jacob Psiquiatra

 

 

O luto, que nem sempre é pela morte, é consequência de uma perda,                                                e pode ser vivenciado de maneiras diversas.

Todas as pessoas têm perdas, com consequentes lutos emocionais e, de formas variadas, têm suas vidas afetadas.  Não existem perdas mais fáceis de serem assimiladas, mas algumas são quase insuportáveis, provocando o desespero e a sensação de impossibilidade de seguir em frente.

O Luto Traumático constitui a resposta a perdas súbitas, inesperadas e impensáveis, gerando a redução da capacidade dos sistemas emocional e físico de proverem suporte às pessoas que o sofrem.

Nenhuma forma de luto é menos difícil, mas os sentimentos devastadores que se seguem a uma perda brusca, trágica, por violência ou acidente, são muito mais intensos e alongados.

Considera-se a perda inesperada de uma criança a mais traumática de todas, podendo desencadear o Transtorno do Estresse Pós-Traumático (TEPT - DSM-5): uma das apresentações dos transtornos da ansiedade, com sinais e sintomas psíquicos, emocionais e físicos mais prolongados.

O TEPT inclui pensamentos intrusivos, pesadelos e flashbacks vívidos do evento traumático, transtornos do sono com hipervigilância, disfunções sociais, ocupacionais, e interpessoais, explosões de raiva, dificuldade de manter relacionamentos, rejeição ou perda de interesse por qualquer atividade.

A pessoa revive a cenário do episódio repetidamente, como se a ocorrência fosse naquele momento, com a mesma dor, sofrimento e culpa. Essa revivescência, mantém as intensas alterações neurofisiológicas e emocionais.

Não obstante o que causou o luto, seja complacente consigo mesmo.

 

Elimar Jacob Salzer Rodrigues – Psiquiatra – CRM- 05204 – RQE 10844 – Mestre UFRJ – Profa. UFJF – Titular Associação Brasileira de Psiquiatria ABP – Coordenadora da Comissão de Ética Médica SMCJF.

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