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26 de julho de 2014

A GERONTOLOGIA e a ODONTOLOGIA

Aspectos Emocionais


Elimar Jacob Salzer Rodrigues


Participação:

Manuela Ferreira - Prótese Dentária
Paula Pimenta - Periodontista
              Núcleo Odontológico - BH
           Atendimento especializado sem limite de idade


A atitude de negligência, de desatenção e de desconsideração quanto às necessidades de saúde, geral e odontológica, das pessoas de idades superiores a 70 - 80 anos, é coisa do passado.
A atualidade exige uma postura de respeito quanto ao direito à alegria, à felicidade, à vaidade, à sexualidade e à participação das pessoas dessa faixa etária e acima.
Ainda há desinformação da sociedade, da família e da própria pessoa na maturidade, ao considerarem natural e esperado um comportamento retraído, apático, sem desejos ou direitos, especialmente em relação às vaidades e à aparência pessoal.


A Organização das Nações Unidas (ONU), estima que em 2025 o Brasil terá 33 milhões de pessoas nessa faixa etária.
Nos próximos 10 anos, dois terços da atividade médica e odontológica estarão direcionados para o atendimento de uma população acima de 70 anos.


Há muito estuda-se mais intensamente os processos de envelhecimento. Conclui-se que não basta o profissional limitar-se ao conceito de geriatria que, por definição, estuda e trata os processos patológicos do envelhecimento.

Os odontólogos e demais profissionais de saúde já têm como meta a gerontologia, que estuda o processo natural de envelhecimento, do aspecto emocional ao social, passando necessariamente pela saúde.

Quando atendemos a uma pessoa que já passou dos 70 anos, devemos ser capazes de avaliar o que ela poderá estar sentindo de pesar e de acanhamento pela necessidade de expor-se ao tratamento e ao julgamento, que ela sente muitas vezes como humilhante.

Dentre os cuidados profissionais mais simples destacamos:

§  Falar de forma clara e em bom tom de voz, para que o paciente, mesmo aquele com redução da acuidade auditiva, possa entender, sem ficar constrangido.
§  As orientações quanto aos cuidados a serem realizados em casa devem ser didáticos e impressos  em letras um pouco maiores, em linguagem clara e objetiva.
§  Jamais tratar o idoso como um incapacitado, muito menos infantilizá-lo, tratando-o de "vovozinho" ou "fofinha". Muitas vezes essa abordagem inadequada está sendo dirigida a pessoas altamente qualificadas.

Lembrar que o paciente idoso pode ser:
§  inseguro e resistente a mudanças
§  ansioso e com labilidade emocional
§  lento quanto ao tempo de reação sensorial e motora.

Pode se assustar, por exemplo, com o deitar da cadeira do dentista, com medo de engasgar, de ter tonturas ou de cair.
Basta explicar o procedimento para tranquilizá-lo.

            Pessoas na maturidade devem saber que:

v A idade não precisa impor limites e os anos da maturidade, podem e devem ser saudáveis.

v Podem usufruir dos benefícios de uma conduta correta e positiva, com a ajuda do profissional sério e competente.

v Este deve ser um período calmo, feliz por todas as suas realizações e conquistas, mantendo o seu alegre sorriso.







3 comentários:

  1. Emilia Carvalho Ferraz.02/08/2014, 17:32

    Querida amiga Dra.Elimar.BOA TARDE! " Quando não matamos nossos monstros psíquicos.Nós os projetamos em alguém ao nosso redor." Freud. Amiga lindo o texto,muito bem explicado,de uma maneira objetiva e transparente. Gostei muito e ao lê-lo senti muito bem a singeleza como foi tratado um tema que antes nos amentrontava. Hoje já entendo muito melhor. Valeu. Abraços. Carinhosamente. Emilinha. BJSS!!

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  2. Dra. Elimar, hoje percorri um pouco o seu blog e encontrei excelentes reflexões. Parabéns pelas suas publicações que sempre me interessam, haja vista ter colocado o seu endereço no meu blog como sugestões de leitura. Evidencio hoje uma colaboração de Maria José, o vídeo do professor Mário Cortella que fala sobre a ética. Uma entrevista bem atual às necessidades da época e muito inteligente. Grande abraço, Michèle

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  3. Doutora Elimar.
    Repasso artigos do seu blog para "aliviar" algumas pessoas.
    Sempre que posso, passeio por ele.
    Bernadete

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