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1 de outubro de 2018


Comportamento

POSTURAS entre GERAÇÕES 

Maior longevidade e melhor qualidade de vida:  

surge um fenômeno comportamental, 

pelo qual as diferenças entre as gerações 

praticamente desaparecem. 


Os cuidados com a alimentação, a  prevenção das doenças evitáveis, a atividade física, a manutenção de interesses intelectuais e produtivos, têm produzido adultos vigorosos e joviais por um tempo muito mais prolongado do que há apenas duas gerações.


A manutenção da  juventude física e psicológica, praticamente elimina as diferenças entre 
a adolescência e a meia-idade e marca a 
era dos adultosgrown-ups, ou grups, 
da literatura de língua inglesa.

Esse fenômeno aproxima, quase une,  gerações no estilo, no comportamento, nas diversões e nos gostos, 
dos 20 aos mais de 70 anos.

São pais e mães que têm com os filhos uma relação onde 
a função de dar limites é, muitas vezes, relegada.

Podem ainda ser confidentes entre 
gerações,  eliminando entre eles a 
privacidade emocional e comportamental .

Pais na faixa dos 50 anos são muito jovens, 
os costumes e a estética  os aproximam muito 
de seus filhos com a metade da sua idade.


Se os pais compartilham com os filhos ideias, hábitos e interesses, mas mantêm a sua identidade adulta, 
o jovem terá a total noção dos limites. 
Muitas vezes, porém, os pais se esquecem 
da sua função formadora e perdem totalmente 
os limites para viver a vida dos filhos.

A intimidade sem limites e sem a clareza de papéis, proporciona um campo muito fértil para o florescimento 
de rivalidade entre pais e filhos,  
comprometendo as relações afetivas. 

Sobre os jovens tem recaído um bem orquestrado 
esquema de incentivo ao consumo de produtos, com direcionamentos 
subliminares para a erotização precoce 
nos quais mães e pais participam, 
permitindo e incentivando o consumo de roupas, 
alimentos, objetos, bem como de danças, horários e locais, absolutamente  inadequados para a faixa etária. 

Os pais também são compelidos, por diversas razões, 
a dar objetos 
no lugar de dar do seu tempo e da sua atenção.

O comportamento consumista não tem fim. 



Muitas vezes, um aparelho é comprado, ou trocado por modelo mais sofisticado, antes mesmo de ter sido 
objeto de desejo dos filhos.

A frustração 
é o resultado imediato, porque sempre existe alguém que possui algo a mais ou melhor, e a criança ou o jovem 
jamais terá satisfação, apesar de tantos supérfluos.

~ ~ RISCO ~ ~


O resultado desta 
permanente insatisfação  
é, quase diretamente, a procura por novos prazeres, 
cujos maiores riscos são: 
a sexualidade precoce e a dependência química.



5 comentários:

  1. Maravilha de texto, querida Elimar! Realmente, os papéis precisam estar bem claros e delimitados! Pai não é amiguinho de filho. Pai é pai, filho é filho! O que pode haver entre eles é uma relação de confiança e cumplicidade, mas existe uma barreira que jamais pode ser ultrapassada!! Parabéns pela clareza do esclarecimento! Brilhante, como sempre!! ����

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    1. Muito obrigada, querida Tete, por sua participação que eleva a clareza do texto.

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  2. Elimar, parabéns pelo artigo tão esclarecedor e pertinente. Estamos cercados de pais com medo de "educar"e deixarem de ser "os amigões".Não somos a mesma "tribo". Pais são pessoas com vivência,maturidade,compromisso diário de educar e acolher. Viva a educação com firmeza,papéis definidos, relacionamentos que não infantilizem pais e consequentemente filhos. Elimar, continue com a sua jornada de educar. Seus artigos nos enriquecem.

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    1. Muito obrigada, Emir e Gegê, uma renomada grande educadora, pelas pertinentes observações, que completam e enriquecem maravilhosamente o texto.

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  3. Elimar, parabéns pelo seu texto. Vivenciamos hoje uma geração de pais infantilizados que se tornam reféns das vontades e fogem das obrigações de educar, Educar, tarefa árdua que exige tenacidade, disciplina e um amor incomensurável. Também acredito que filhos e pais são amigos mas antes de tudo, os pais são os responsáveis pelos limites, deveres e obrigações que tornarão os filhos pessoas competentes para enfrentar o mundo adulto. Pais e filhos juntos, com seus direitos e deveres mas como diz a galera: ”cada um no seu quadrado”. Obrigada por se importar com a EDUCAÇÃO DE VERDADE. Gêge.

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