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3 de agosto de 2019



     Série  -   Medicamentos em Idosos  3ª Parte - Final.

 

Monitoramento Adequado da Medicação

e da resposta do paciente a ela.

Normas necessárias para todos, 
especialmente importantes para os pacientes idosos.


FAMÍLIA - o monitoramento do uso da medicação envolve:
·    Manter uma relação escrita e, continuamente atualizada dos medicamentos em  uso atual pelo paciente. Esta deve ser afixada em local visível, de conhecimento dos familiares, cuidadores e profissionais de saúde em atuação. 
·    Atualizar a relação a cada vez que uma nova medicação for introduzida no tratamento, constando a data do seu início, o nome e telefone do Profissional que a prescreveu e a indicação clínica para esse novo medicamento.
·    Avaliar criteriosamente a  qualidade e a intensidade das respostas, ou dos objetivos terapêuticos, e observações, quanto às reações da pessoa, boas ou não, aos novos fármacos. 
    Em caderno próprio, ANOTÁ-LAS.
·    Anotar as datas dos testes laboratoriais, já solicitados visando à verificação dos efeitos benéficos e/ou adversos, ocorridos com o emprego do novo fármaco.
·    Revisar periodicamente os medicamentos: datas de validade, armazenamento adequado, oferecimento adequado ao paciente.
Critérios para facilitar o monitoramento têm sido desenvolvidos pelo consenso do Health Care Financing Administration, como parte dos critérios de revisão do uso de medicamentos.

O foco desses critérios é estabelecer: a dose, a duração adequada 
do  emprego, favorecendo a observação de riscos 
como a duplicação da mesma medicação, com outro nome comercial, e o perigo de interação medicamentosa.
Oferecer esse registro a todos os profissionais
que vierem a ter atuação terapêutica nessa pessoa.

 

Um medicamento é considerado inadequado 
quando o potencial de dano é maior que o de benefício.
         O uso inadequado de um medicamento pode envolver:
·    escolha inadequada: do medicamento, das doses, frequência de doses ou duração da terapia;
·    efeitos da duplicação de certos efeitos - sobredose - com risco de vida em alguns casos;
·    a não consideração das interações medicamentosas e dos efeitos adversos do seu uso.
·    medicamentos úteis apenas em sintomas agudos, que são mantidos, erroneamente, em uso contínuo, depois da resolução da condição aguda, exemplo: antialérgicos.



Os efeitos adversos dos medicamentos inadequados 
representam 7% das internações de urgência
para pacientes  65 anos;  
67% dessas internações são decorrentes
de quatro classes de fármacos:
varfarina, insulina, antiplaquetários orais
 e hipoglicemiantes orais.



Antes de iniciar um novo medicamento no idoso, os médicos:

·      consideram SEMPRE: a possibilidade de tratar o paciente sem acrescentar nova medicação;
·      apresentam ao paciente, e aos seus familiares, os objetivos do tratamento;
·       documentam todos os fármacos já tentados, para evitar o uso de medicamentos desnecessários;
·       Consideram as alterações relacionadas à idade e sua influência na farmacocinética, na farmacodinâmica e na dose;
·       Explicam para o paciente e/ou para a família, o uso e os efeitos adversos de cada medicamento;
·       Assumem que um novo sintoma pode estar relacionado ao medicamento, até prova em contrário (para prevenir uma cascata de prescrição).
·       Reavaliam regularmente a necessidade de manter a terapia medicamentosa e suspendem os fármacos que não são mais necessários.





Os Profissionais  de Saúde consideram,
criteriosamente, os benefícios e os
riscos do tratamento medicamentoso para
cada paciente, especialmente os idosos.




Revisão completa por J. Mark Ruscin, PharmD, FCCP, BCPS; Sunny A. Linnebur, PharmD, BCPS, BCGP, junho 2014.
      Atualização Elimar Jacob Salzer Rodrigues UFJF  julho/2019

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