SÍNDROME DE EKBOM
Trata-se de um quadro neuropsiquiátrico, caracterizado
por delírios de
infestação parasitária na pele, descrito
em 1938, pelo neurologista sueco Karl Axel Ekbom,
mais conhecido por sua descrição detalhada
da Síndrome das Pernas Inquietas***veja texto neste blog.
É uma síndrome neuropsiquiátrica na qual o paciente apresenta a crença delirante de que sua pele está infestada por insetos, vermes ou outros pequenos animais.
Mais comum no sexo feminino, de idade mais avançada, com pouca interação social.
Por não reconhecer os sintomas como um quadro psiquiátrico, a família recorre a vários métodos e tratamentos fadados ao insucesso, levando o paciente
e a família ao desespero.
Com o agravamento, família fica alarmada e procura auxílio apenas quando as medidas de aconselhamento e de garantias de que não tem bichinhos na sua pele não surtem mais efeito e a pessoa passa a se coçar com grande aflição, chegando a provocar lesões, e até mutilações, de diversas proporções, em sua pele, na tentativa de retirá-los.
As manifestações psiquiátricas desta síndrome podem variar desde os delírios acima mencionados,
e outros
sintomas psicóticos,
a sintomas fóbicos e obsessivos.
Delírios são
crenças fixas, inabaláveis, que não estão de acordo com a cultura na qual o paciente está inserido.
Os delírios estão entre os sintomas mais desafiadores
da
psiquiatria, pela multiplicidade de crenças
que podem ser encontradas.
É comum que os pacientes
guardem em caixas debris, tecidos descamativos, cabelos, crostas, poeira, folhas, partes de
insetos, dentre outros detritos que se aderem às lesões, levando-os à consulta
médica na tentativa de provar que estão sendo parasitados.
É chamado de “sinal
da caixa de fósforo”.
Esse
quadro pode apresentar comorbidade com:
neurite periférica, diabetes mellitus e demência.
Além disso, a capacidade de descrever os
parasitas com detalhes e até
desenhá-los
é outro componente da síndrome.
Quando esses pacientes não se
isolam socialmente são capazes de induzir o transtorno psicótico em outra
pessoa (folie à deux),
o que corresponde de 5 a 25% dos casos.
As mulheres induzem
mais do que os homens.
O tratamento pode ser feito utilizando-se
corretamente os psicofármacos mais indicados,
com cuidados em relação aos demais medicamentos
em uso pelo paciente, tendo em mente as perigosas interações medicamentosas,
cada vez mais temidas pela potência farmacológica
de todos os medicamentos.
com cuidados em relação aos demais medicamentos
em uso pelo paciente, tendo em mente as perigosas interações medicamentosas,
cada vez mais temidas pela potência farmacológica
de todos os medicamentos.
Parabéns! Uma informação nova e importante para os nossos tempos, em que a expectativa de vida tem aumentado graças aos estudos e avanços científicos.
ResponderExcluirTer essa noção, de fato, é o principal fator de compreensão do quadro e consequente busca correta de alívio para a pessoa afetada. Muito obrigada.
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