Série : Tratamento Medicamentoso no Idoso - 2ª parte
Medicamentos em Idosos
INTERAÇÕES
MEDICAMENTOSAS e
EFEITOS
ADVERSOS
Exemplos:
·
Antipsicóticos: empregados para
controlar os sintomas psicóticos, podem causar efeitos similares aos da doença de Parkinson. Risco: nos idosos, esses sintomas podem ser medicados
com anti-parkinsonianos, como se fosse de fato doença de Parkinson, produzindo
os sérios efeitos adversos desses medicamentos: hipotensão ortostática,
delirium, náuseas e muitos outros, com agravamento do problema inicial.
·
Inibidores
da colinesterase (p.
ex., donepezila) podem ser prescritos para os pacientes com deficiência de
memória. Risco: podem causar
diarreias, incontinência urinária, câimbras, fadiga, insônia, e muitos outros, debilitando ainda mais o
paciente, que receberá mais outros medicamentos visando a tratar os novos sintomas.
No quadro acima, dois medicamentos desnecessários
foram adicionados, elevando perigosamente os
efeitos adversos pelas interações
medicamentosas.
A
melhor estratégia teria sido a redução da dose do medicamento anterior e, caso
não resolvesse, a mudança da terapêutica
para um medicamento de mecanismo de ação diferente.
Todos nós,
Profissionais de Saúde,
estamos sempre atentos
à
possibilidade de um novo sintoma
decorrer
da terapia medicamentosa empregada.
Hospitalização
em decorrência dos efeitos adversos dos medicamentos
é 4 vezes maior em pacientes idosos (17%),
quando comparados aos jovens (4%).
Medicamentos
podem ser ineficazes em idosos por:
·
sub-prescrição - por preocupação com os efeitos adversos;
·
baixa adesão - devido a limitações financeiras ou
cognitivas do paciente.
São indesejáveis, desconfortáveis ou
perigosos:
sedação excessiva, confusão mental, alucinação, quedas, fraturas, hemorragia levam à redução da expectativa de vida.
Razões da maior suscetibilidade de efeitos adversos
a medicamentos nos idosos:
· esses frequentemente precisam maior número de medicamentos - polifarmácia;
·
apresentam alterações fisiológicas
tanto na farmacodinâmica - mecanismo de ação do fármaco - como na farmacocinética - sua distribuição no
organismo;
·
ambas as alterações acima
aumentam o risco de efeitos adversos.
· efeitos adversos podem ocorrer mesmo em jovens, mesmo com medicamentos prescritos e usados de maneira apropriada.
Ex: reações alérgicas nem sempre são previsíveis ou evitáveis.
Ex: reações alérgicas nem sempre são previsíveis ou evitáveis.
·
nos idosos é comum que muitas
classes de fármacos estejam envolvidas: antipsicóticos, miorrelaxantes, analgésicos,
antiinflamatórios, antihipertensivos, anticoagulantes ou antiplaquetários, hipoglicemiantes,
vitaminas, hipolipêmico, antidepressivos,
ansiolíticos hipnoindutores e muitos outros.
No novo post a seguir: 3ª e última parte: Monitoramento adequado do
paciente idoso.
Elimar, o texto é elucidativo e preocupante pois falta ao paciente conhecimento dos possíveis efeitos colaterais. O seu blog é alerta e um documento para nós, pacientes.De emos relatar só nossos médicos as nossas dúvidas e dificuldades, sem inibição. Esse blog nos fortalece e encoraja a uma melhor relação médico-paciente. Obrigada por nos instruir e cuidar sempre.
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