Série - Medicamentos em Idosos
Os
tratamentos farmacológicos em idosos apresentam dificuldades muito mais
frequentes do que se pensa.
Incluem:
ineficácia, efeitos adversos, superdoses,
subdoses,
e interações medicamentosas entre
os
diversos fármacos usados.
Ineficácia:
1. pela necessária preocupação dos profissionais de Saúde com os potenciais efeitos colaterais, podendo chegar à sub-prescrição;
2. devido à baixa adesão do paciente, em decorrência da sua própria preocupação com os efeitos colaterais;
3. por limitações cognitivas, de memória ou financeiras.
1. pela necessária preocupação dos profissionais de Saúde com os potenciais efeitos colaterais, podendo chegar à sub-prescrição;
2. devido à baixa adesão do paciente, em decorrência da sua própria preocupação com os efeitos colaterais;
3. por limitações cognitivas, de memória ou financeiras.
Efeitos adversos dos fármacos são
indesejáveis,
desconfortáveis ou perigosos.
Os exemplos comuns são: excessiva sedação,
confusão, alucinação, queda ao solo por redução do equilíbrio e fraqueza
muscular, fratura e hemorragia.
A taxa de hospitalização em decorrência dos
efeitos adversos dos medicamentos é 4 vezes maior em pacientes idosos, quando
comparados aos jovens.
Razões: o
idoso frequentemente usa simultaneamente vários medicamentos - polifarmácia - e
tem alterações relacionadas à idade tanto na farmacodinâmica como na
farmacocinética; ambas aumentam o risco de efeitos adversos.
Em
qualquer idade, os efeitos adversos dos medicamentos podem ocorrer mesmo quando
esses são prescritos e usados de maneira apropriada.
Interações entre medicamentos e a doença
Um fármaco administrado pode exacerbar outra
doença independentemente da idade do paciente, mas tais interações devem ser
especialmente consideradas nos idosos.
A distinção, muitas vezes sutil, entre os
efeitos adversos dos medicamentos e os sintomas da doença é difícil, e pode
levar a uma cascata de prescrições.
Cascata
de prescrições
ocorre quando o efeito adverso de determinado medicamento é interpretado
de maneira equivocada como um sinal ou sintoma de um novo transtorno e outro
medicamento é prescrito. O novo e desnecessário medicamento pode causar efeitos
adversos adicionais, que podem ainda ser novamente interpretados de maneira
equivocada como outro distúrbio e tratado desnecessariamente, e assim por
diante.
Os
Profissionais do Setor de Saúde que prescreverem medicamentos a pacientes
idosos, devem considerar a possibilidade de ocorrer um novo sinal ou sintoma da própria
terapia ou da interação medicamentosa.
PharmD, FCCP, BCPS, Southern Illinois University
Edwardsville School of Pharmacy;
PharmD, BCPS, BCGP, University of Colorado Skaggs
School of Pharmacy and Pharmaceutical Sciences.
J. Mark Ruscin
J. Mark Ruscin
Elimar Jacob Salzer
Rodrigues - Psicofarmacologia UFJF Atualizado em junho/2019
Muito pertinente e de extrema importância o seu texto sobre a cascata de prescrições médicas e os efeitos em nossa vida. Além de todas as causas tão bem enumeradas, temos o problema da total incomunicabilidade do paciente e o seu médico. Sentimento de total abandono. Gostaria que você abordasse o que fazer para se ter acesso ao médico que nos prescreve. Parabéns mais uma vez pelo cuidado e empatia que você tem conosco, clientes da medicina.contimue com seu trabalho competente e generoso.
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