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9 de maio de 2020

COVID – 19

Limpeza, Descontaminação e Desinfecção.

Produtos necessários (saneantes) importantes para prevenir infecções pelo novo coronavírus. 

Quais são e como empregá-los?

(em resposta a diversas perguntas) 




Devem ser usados repetidamente para limpeza e desinfecção dos ambientes, utensílios e objetos: superfícies de móveis, maçanetas, corrimão, interruptores de luz, interior do carro, chão, etc., onde microrganismos, como o coronavírus, podem estar presentes.

A Anvisa recomenda dar preferência aos saneantes classificados nas categorias “Água Sanitária” e “Desinfetante para Uso Geral”.   
Confira a lista de produtos regularizados no site da Anvisa.


Álcoois e Desinfetantes 
Álcoois são ótimos desinfetantes por muitos motivos. Evaporam rapidamente sem deixar resíduos, são capazes de dissolver lipídios, o que os torna efetivos contra células de vírus envoltas em gorduras, como o HIV, a hepatite A, e o coronavírus. 
São baratos e relativamente fáceis de manipular, apesar de seus vapores serem inflamáveis.

Muito cuidado com o manuseio por crianças


Etanol

O etanol, álcool etílico ou álcool consumível, é uma das substâncias recreacionais mais utilizadas. Presente em bebidas alcoólicas, é consumido desde a antiguidade.
Como desinfetante, atua desnaturando proteínas e dissolvendo lipídios, destruindo assim muitos tipos de bactérias e células virais.

Deve ser usado em concentrações de 70 %, pois as maiores evaporam muito rápido e as menores não são tão efetivas. 

 Não deve ser usado diretamente na pele, pois pode ressecá-la 

e produzir micro-rachaduras.

Álcool isopropílico
IPA ou isopropanol, tem estrutura e função similares ao etanol. Evapora em taxa parecida e destrói células bacterianas e virais pelo mesmo mecanismo.
Por não desidratar tanto os tecidos vivos, é mais indicado para desinfetar a pele do que o etanol. Por essa razão que é mais frequentemente usado como antisséptico.
Para desinfetar superfícies, o etanol e o álcool isopropílico têm praticamente a mesma eficiência, na concentração de 70%.
Evaporam rapidamente sem deixar resíduos e são úteis para limpar celulares, discos ópticos e componentes de computadores.

O álcool em gel é produzido à base de etanol, em concentração de 70%. Não deve ter uso excessivo porque pode produzir ressecamento da pele e feridas.

ATENÇÃO:
Não aproximar as mãos de qualquer chama logo após o uso externo do álcool, líquido ou em gel: risco de provocar queimaduras graves.

ANVISA: cuidado com informações compartilhadas por meio de aplicativos, como dicas da utilização de substâncias químicas para a produção caseira de saneantes. 
Pode colocar a saúde das pessoas em risco, até mesmo pela falta de eficácia, além do risco de acidentes, que podem provocar queimaduras, intoxicação e irritações. 


Limpeza, Descontaminação e Desinfecção


coronavírus - imagem meramente ilustrativa 

 1.  Limpeza o início de tudo

Remoção das sujeiras: matérias orgânicas e outros resíduos, que possam atrapalhar os processos seguintes.

É durante a limpeza que ocorre a eliminação da sujidade e dos micro-organismos presentes nas superfícies: objetos, superfícies de contato e chão. 

As sujidades são removidas com água e sabão, com o auxílio de esfregões, esponjas, panos ou escovas, manualmente ou com máquinas.

2.  Descontaminação segundo passo 

Não deve ser confundida com desinfecção.

A descontaminação, nada mais é do que a continuação da limpeza, visando a tornar mais seguro o manuseio dos objetos, diminuindo o risco de contaminação.
A Biossegurança considera a descontaminação uma ação preventiva. 


3.  Desinfecção necessária 
química - uso de desinfetantes, ou física – radiações ultravioleta.

 É nesse processo que ocorre a destruição de todos os micro-organismos.


Esporos: nada mais são que a forma mais resistente dos microrganismos, sendo mais difícil de serem eliminados. 
Esterilização: é a destruição dos microrganismos nas formas vegetativas e esporuladas.
A esterilização pode ser por meio físico (calor) ou químico (soluções esterilizantes).

Substâncias químicas que podem exercer o controle de microrganismos são: antimicrobiano, esterilizante, desinfetante, conservante, antisséptico, saneante, microbiocida, germicida, biocida, e outros, que exercem as atividades: bactericida, esporocida, fungicida, parasiticida, virucida, o que significa “matar” ou “destruir” respectivamente bactérias, esporos bacterianos, fungos, parasitas e vírus. 


Vírus são agentes infecciosos que muitos não consideram microrganismos, por não serem células completas, mas causam doenças.

A desinfecção pode ser classificada de baixo ou de alto nível e varia de acordo com as soluções utilizadas no procedimento.


4.   Esterilização um passo além

A etapa de desinfecção pode ser seguida pela esterilização.

Esta pode ser realizada de forma física ou química: 
através de calor úmido = autoclaves, ou calor seco = estufas.

Esses procedimentos são indispensáveis para garantir mais segurança para os pacientes e profissionais envolvidos no ambiente hospitalar e laboratorial.

Significados:

·      Assepsia é o conjunto de medidas adotadas para impedir a entrada de agentes patogênicos no organismo. 

·      Antissepsia consiste na utilização de produtos – microbicidas, que provocam a morte dos micro-organismos, ou microbiostáticos – que impedem a sua proliferação, sobre a pele ou mucosa, para reduzir os micro-organismos em sua superfície.

·      Descontaminação refere-se a um conjunto de medidas adotadas para assegurar a redução da contaminação por microorganismos e que a manipulação de um instrumento seja inócua ao paciente e ao profissional.

·      Esterilização é a destruição total de todos os microorganismos, inclusive os esporos bacterianos em um instrumento.

Para mais informações:
Glossário em Biossegurança FIOCRUZ -  www.fiocruz.br

Saiba se o saneante é regularizado no banco de dados da ANVISA.  

 As imagens são meramente ilustrativas

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