Tristeza que não passa ...... é
DEPRESSÃO!
"Isso passa, é só uma fase..." É bom que passe mesmo!
A tristeza é
um sentimento transitório, de curta duração, importante e saudável, pois ajuda a elaborar as perdas e
sofrimentos que acontecem na vida de todos nós.
A tristeza aparece em resposta a uma
perda:
1.
Real
- de entes queridos, do emprego, da situação financeira, da juventude.
2.
Simbólica
- o medo sofrer perdas, ou a sua não aceitação.
As pessoas
atingidas por perdas, atravessam uma
fase de sofrimento e angústia, que pode se prolongar por um período de tempo. Paulatinamente,
contudo, a vida vai retomando seu ritmo
normal com o tempo transformando a dor e a saudade em doces lembranças.
Entretanto, se a tristeza não passa,
mas persistem e prolongam-se os sentimentos de:
§ apatia,
desânimo, desesperança
§ falta
de iniciativa e de prazer
§ alterações
do sono e do apetite
§ sentimentos
de culpa, auto-desvalorização e pessimismo
§ idéias
de morte ou de suicídio, temos que nos preocupar porque pode ser depressão.
A depressão, diferentemente
de sintomas depressivos, é uma doença
séria e assim deve ser encarada por todos.
Um ou outro dos
sintomas acima pode até desaparecer por algum tempo. O pior é quando não desaparecem todos. Muitas vezes, eles só mudam de forma e voltam sempre.
Muitas pessoas
com esses sintomas, acreditam que é apenas "uma fase ruim" e não procuram ajuda. Seus familiares também
preferem acreditar que o problema será
resolvido se a pessoa fizer um esforço
para isso ou com uma viagem, férias ou compras. Infelizmente, isso não é
verdade.
Ao contrário
do que se possa pensar, a depressão não é uma doença moderna. Hipócrates
descreveu seis doenças mentais, dentre elas a depressão, 400 anos antes de Cristo.
A doença
atinge aproximadamente 10% da população mundial entre crianças, adolescentes, adultos
e idosos.
Muitas pessoas
que sofrem de dores crônicas, sintomas digestivos, alérgicos, respiratórios,
ginecológicos, disfunções sexuais, e tantos outros, só obterão resultado com o
tratamento emocional realizado em
conjunto com clínicos de outras especialidades evitando-se
assim exames excessivos, questionáveis, além de tratamentos imprecisos e
ineficientes.
Sintomas
emocionais podem estar associados à doença de Parkinson, da tireoide, esclerose
múltipla, diabetes melito, demências, coronariopatias, deficiência de vitamina
B12, e a outros transtornos emocionais, dificultando o sucesso do tratamento de
todos eles.
A
medicação, quando necessária, é muito valiosa. Não é qualquer medicação. Não
são os tranquilizantes, mas um grupo muito específico de medicamentos chamados
antidepressivos que, quando bem
indicados, são eficazes em 80% dos casos. É indispensável o trabalho
psicoterápico, a atividade física e produtiva associados.
Ressaltamos que o tratamento não se dirige à depressão e, sim,
à pessoa deprimida.
Para isso, é
básico o profissional ouvir a
pessoa, saber tudo sobre ela, sua história familiar e pessoal. Não só seus sintomas, mas seus
anseios, esperanças, desesperanças, projetos,
tudo tem importância.
É essencial
que o terapeuta tenha interesse real, muito cuidado nessa escuta, saber como trabalhar
com aquilo que ouve e entender o que
está além das palavras.
Só assim, o
profissional poderá compreender a pessoa até onde suas queixas e palavras de
início não revelam.
Só assim, a pessoa obterá a ajuda
verdadeira e eficaz.
Muito bom texto. O pior é aquele que nao se enxerga....o egoista que acha que resolve tudo sozinho e acha que pedir ajuda é uma fraqueza. Parabens
ResponderExcluir118Excelente o artigo, caríssima Elimar. Como sempre, você demonstra o alto grau de conhecimento e a experiência adquirida em sua área, tão peculiares a você. Competência, seu nome é Elimar! Abraço fraterno. Marum Alexander - 22/08/2012 - Ubá, MG
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