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18 de agosto de 2012


Tristeza  que não passa ......  é  DEPRESSÃO!

"Isso passa, é só uma fase..."                          É bom que passe mesmo!


A tristeza é um sentimento transitório, de curta duração, importante  e saudável, pois ajuda a elaborar as perdas e sofrimentos que acontecem na vida de todos nós.

A tristeza aparece em resposta a uma perda:
1.   Real - de entes queridos, do emprego, da situação financeira, da juventude.
2.   Simbólica - o medo sofrer perdas, ou a sua não aceitação.

As pessoas atingidas por  perdas, atravessam uma fase de sofrimento e angústia, que pode se prolongar por um período de tempo. Paulatinamente, contudo, a  vida vai retomando seu ritmo normal com o tempo transformando a dor e a saudade em doces  lembranças.
Entretanto, se a tristeza não passa, mas  persistem e  prolongam-se  os sentimentos de:

§  apatia, desânimo, desesperança
§  falta de iniciativa e de prazer  
§  alterações do sono e do apetite
§  sentimentos de culpa, auto-desvalorização e pessimismo
§  idéias de morte ou de suicídio, temos que nos preocupar porque pode ser depressão.

A depressão, diferentemente de sintomas depressivos, é uma doença séria e assim deve ser encarada por todos.

Um ou outro dos sintomas acima pode até desaparecer por algum tempo. O pior  é quando não desaparecem todos. Muitas vezes,  eles só mudam de forma  e voltam sempre.
Muitas pessoas com esses sintomas, acreditam que é apenas "uma fase ruim" e não procuram ajuda. Seus familiares também preferem acreditar que o problema   será resolvido se a pessoa  fizer um esforço para isso ou com uma viagem, férias ou compras. Infelizmente, isso não é verdade.

Ao contrário do que se possa pensar, a depressão não é uma doença moderna. Hipócrates descreveu seis doenças mentais, dentre elas a depressão,  400 anos antes de Cristo.
A doença atinge aproximadamente 10% da população mundial entre crianças, adolescentes, adultos e idosos.

Muitas pessoas que sofrem de dores crônicas, sintomas digestivos, alérgicos, respiratórios, ginecológicos, disfunções sexuais, e tantos outros, só obterão resultado com o tratamento emocional  realizado em conjunto com clínicos de outras especialidades evitando-se assim exames excessivos, questionáveis, além de tratamentos imprecisos e ineficientes.

Sintomas emocionais podem estar associados à doença de Parkinson, da tireoide, esclerose múltipla, diabetes melito, demências, coronariopatias, deficiência de vitamina B12, e a outros transtornos emocionais, dificultando o sucesso do tratamento de todos eles.

        A medicação, quando necessária, é muito valiosa. Não é qualquer medicação. Não são os tranquilizantes, mas um grupo muito específico de medicamentos chamados antidepressivos que, quando  bem indicados, são eficazes em 80% dos casos. É indispensável o trabalho psicoterápico, a atividade física e produtiva associados.

Ressaltamos que  o tratamento não se dirige à depressão e, sim, à pessoa deprimida.

Para isso, é básico o profissional ouvir a pessoa, saber tudo sobre ela, sua história familiar e  pessoal. Não só seus sintomas, mas seus anseios, esperanças, desesperanças, projetos,  tudo tem importância.
É essencial que o terapeuta tenha interesse real, muito cuidado nessa escuta, saber como trabalhar com aquilo que ouve e  entender o que está além das palavras.
Só assim, o profissional poderá compreender a pessoa até onde suas queixas e palavras de início  não revelam.
Só assim, a pessoa obterá a ajuda verdadeira e eficaz.

2 comentários:

  1. Muito bom texto. O pior é aquele que nao se enxerga....o egoista que acha que resolve tudo sozinho e acha que pedir ajuda é uma fraqueza. Parabens

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  2. 118Excelente o artigo, caríssima Elimar. Como sempre, você demonstra o alto grau de conhecimento e a experiência adquirida em sua área, tão peculiares a você. Competência, seu nome é Elimar! Abraço fraterno. Marum Alexander - 22/08/2012 - Ubá, MG

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