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15 de novembro de 2013


Saúde significa qualidade de vida. E vice-versa!!!!

Elimar Jacob Salzer Rodrigues
Médica-Psiquiatra
Especialista e Mestre pela UFRJ 
 Autora dos livros Menopausa: seja bem-vinda e
Transtornos Emocionais - para não Psiquiatras.

Este é o conceito contemporâneo que valoriza a prevenção de doenças e o estímulo à manutenção da vida participativa e produtiva em todas as faixas etárias.

Com o aumento da expectativa de vida,  a terceira  idade será a maioria da população no nosso país, como em outros, antes da metade deste terceiro milênio.  Com uma enorme diferença: já não serão idosos apáticos, sem interesses e atividades.

O perfil do septuagenário e acima, caminha rapidamente para ser o de um consumidor importante, que viaja, faz exercícios, veste-se com elegância, vai a cinema, teatro, restaurante, atua em vários setores da sua comunidade e produz muito e com grande qualidade,  empregando com esmero sua experiência insubstituível.

O comércio e a indústria internacionais há muito tempo já se  prepararam para atender a esse consumidor que tem independência financeira e, portanto, independência psicológica, sabe o que quer, é exigente e mantém a alegria de usufruir todas as possibilidades que a vida pode lhe oferecer.

Na atualidade, tenta-se superar a divisão das pessoas em faixas etárias e considerar a sua importância em todos os campos de contribuição do saber, do trabalho, da experiência, da cidadania e da participação efetiva.

Assistimos já essas mudanças conceituais ocorrendo na prática da vida diária: pessoas que seguem trabalhando, tanto para si e para os seus familiares como pelo bem  comunitário, com entusiasmo e grande produtividade sem nem se lembrarem de suas  idades.

É saudável reconhecer que se está mais velho. Aceitar as experiências positivas e negativas já vividas. Tirar delas este aperfeiçoamento raro, mas possível, a que damos o nome de sabedoria, a satisfação de ter ultrapassado com sucesso muitos desafios. Saber viver  o amadurecimento em que as inevitáveis marcas do tempo venham acompanhadas de gratidão pelo que se conseguiu, nenhuma culpa pelo que não foi possível e uma auto-estima bem reforçada.

Contrariamente, pessoas que rejeitam a sua própria história, ficam presas persistentemente na imobilidade, na lamentação das perdas, tornam-se algozes de si mesmas. Atenção: esses podem ser sintomas depressivos e devem ser adequadamente tratados.

A chave da vida saudável está no cuidado com a saúde, com os sonhos e com a alma. Para esta, o tempo não passa:  ela está sempre pronta a viver novas histórias.





Um comentário:

  1. É linda amiga Dra. Elimar.Que maravilha o tema tratado, de uma leveza e pureza sobre A Terceira idade. Muito bem elaborado e com uma dignidade maravilhosa. Hoje quando olho para um certo tempo de minha vida,que nem quero lembrar. E vejo como sou outra pessoa. Abraços afetuosos. Emilinha.

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