Caríssimos leitores .
São incontáveis as comprovações científicas da relação entre problemas emocionais e doenças clínicas.
Publico a sinopse dos excelentes trabalhos das Colegas Alice Amaral e Maria Augusta Lima sobre esse tema.
Vocês encontrarão nestas páginas outros temas com o mesmo fundamento, destacando-se: Vitiligo, com Sarah Lucas, Dificuldades de Memória, e muitos outros.
######################################
FADIGA CRÔNICA E ESTRESSE CONTÍNUO
Nutróloga - Alice Amaral - entrevista à Mesa de Debates da TVE-JF.
"A diferença entre fadiga normal e fadiga crônica é que a primeira pode ser curada com uma boa noite de sono ou uma semana de folga, enquanto que a outra necessita tratamento.
Na Fadiga Crônica, a pessoa já acorda cansada e assim permanece durante todo o dia.
Está intimamente ligado ao estresse crônico.
Há aumento intenso na produção do Cortisol pela glândula suprarrenal.
Há aumento intenso na produção do Cortisol pela glândula suprarrenal.
Quando somos jovens, existe o Desidroepiandrosterona (DHEA), o hormônio da longevidade.
Com o passar do tempo, a produção do DHEA fica reduzida.
Chega um momento em que a glândula suprarrenal fica tão esgotada que reduz até a produção do cortisol - o que caracteriza a Síndrome da Fadiga Crônica.
Além do cansaço físico e mental excessivos, a pessoa passa a sofrer infecções de repetição, que dificilmente serão curadas pelo tratamento clínico somente.
Para o diagnóstico de certeza contamos atualmente com um exame chamado perfil salivar pelo qual verificamos a curva do cortisol e suas alterações.
A Síndrome da Fadiga Crônica é mais comum a partir dos 40
anos.
Sintomas:
1. Cansaço excessivo e permanente
2. Redução da memória e da concentração
3. Dores musculares e articulares constantes
4. Queda da produção.
Soluções:
1. Mudança de hábitos e estilos de vida
2. Alimentação saudável
3. Atividade física regular e orientada
4. Convivência com pessoas queridas
5. Associação de tratamentos Clínico e Emocional."
#############################
O Perigo por trás das Rotinas Estressantes
Diagnosticar precocemente a ansiedade e a depressão pode ser
primordial contra a doença cardiovascular
Cardiologista - Maria Augusta de Mendonça Lima
Entrevista à TM de 26.04.15, a propósito do Dia Nacional de Prevenção e Combate à
Hipertensão Arterial e da sua pesquisa de doutorado
pela Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ.
Alguém conhece quem tenha:
- · Rotinas estressantes
- · Problemas que parecem não terminar
- · Desânimo diante de todo esse cenário
- · Cenas de pessoas apressadas pelas ruas ou aos gritos, nervosas ao celular
- · Insatisfação com o emprego, com a situação financeira, com relacionamentos e outros.
Segundo constatado em sua
tese, diagnosticar precocemente os sintomas de ansiedade e de depressão,
constitui um dos fatores que podem minimizar o risco das doenças
cardiovasculares (DCV).
"Buscamos um marcador que faculte o diagnóstico precoce para
permitir um tratamento preventivo e procurar verificar se havia associação com
depressão e/ou ansiedade.
Durante as avaliações, os
pacientes foram examinados a partir de testes de rotina acrescidos dos
marcadores para a inflamatórios, já conhecidos, como a proteína C reativa,
lipoproteína (Lp-PLA 2) e interleucina 6.
Nossa investigação se concentrou na busca de sinais mais precoces de
alteração vascular, caracterizada como Disfunção Endotelial e a Inflamação, que
é um dos mecanismos que ligariam a DCV aos problemas emocionais.
A inflamação
faz parte de todas as etapas do processo de agressão às artérias e que, se
persistir, pode desencadear o processo de aterotrombose que tem entre suas
manifestações clínicas, o enfarte do miocárdio e o acidente vascular cerebral (AVC).
Detectamos no grupo estudado que a Lp-PLA2 foi o marcador que
conseguiu associação com a síndrome depressivo-ansiosa.
Entendemos que a
depressão e/ou ansiedade é um fator de risco tão importante como os
tradicionais: dislipidemia, hipertensão arterial, sedentarismo, e outros.
Há uma relação bidirecional entre doença cardiovascular e síndrome
depressivo-ansiosa e a inflamação está presente nesta associação.
Não basta dizer à pessoa
que ela não fique estressada, é preciso gerenciar o estresse."
NOTA - confira o detalhamento
do mecanismo acima no nosso trabalho do Congresso Mundial de Psiquiatria - Madri,
2014 - nesta mesma página, em post anterior.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
PARA ENRIQUECIMENTO DESTE TEXTO, ENVIE O SEU COMENTÁRIO OU PERGUNTA.