Zika e microcefalia: notas oficiais para
esclarecimento da população
Fundação
Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Ministério da Saúde (MS) esclarecem Mitos e Verdades sobre os casos de zika e
microcefalia.
Resumo: Elimar Jacob Salzer Rodrigues
Referências profissionais na página Perfil Completo
Fiocruz esclarece:
1. Casos em crianças menores de 7 anos, idosos e
vetores.
MITO: Áudios circularam em grupos de
Whatsapp mencionando a possibilidade e a existência de crianças menores de
7 anos e idosos com sintomas neurológicos decorrentes do vírus zika.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) esclarece que
essas informações não têm fundamentação científica.
Como outros vírus: varicela, enterovírus e herpes, o zika poderia
causar, em pequeno percentual, complicações clínicas e neurológicas em adultos
e crianças, sem distinção de idade.
Quanto ao vetor, atualmente, não
existem estudos científicos que apontem para o envolvimento de outras
espécies de mosquitos além do Aedes aegypti na
transmissão da doença no Brasil.
2. Amamentação e transmissão sexual
MITO: Não houve, até o momento, nenhum relato de caso em que
tenha havido a transmissão do vírus zika para o bebê pelo leite materno.
A Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano, coordenada pela Fiocruz, afirma que, por conta de todos os benefícios que o leite materno traz ao recém-nascido, incluindo o aumento da imunidade, a amamentação deve ser encorajada e incentivada mesmo em áreas endêmicas para o vírus zika.
VERDADE: Com relação à possibilidade de transmissão pelo sêmen, segundo o Centro
de Controle e Prevenção de Doenças (em inglês, Centers for Disease Control and Prevention - CDC), há apenas
um caso relatado na literatura científica de transmissão do vírus zika por
relação sexual.
O uso do preservativo é recomendado para prevenção de todas as
doenças sexualmente transmissíveis.
3. Fiocruz Pernambuco - síndrome de Guillain-Barré e
Zika
MITO: O Centro de Pesquisas Aggeu
Magalhães (Pernambuco), notificou (26/11), por meio de nota oficial, qual era
sua real contribuição nas pesquisas que envolvem o vírus zika e sua
relação com a síndrome de Guillain-Barré, devido a informações equivocadas
veiculadas pela imprensa a respeito do tema.
A Fiocruz Pernambuco não desenvolveu em 2014 qualquer estudo e
não realizou testes para identificação do vírus zika.
No entanto, dentro de um projeto de pesquisa voltado para o estudo
da dengue, os pesquisadores identificaram, por diagnóstico molecular, dez
amostras positivas com material genético do vírus zika, em um universo
de 224 casos suspeitos de dengue investigados laboratorialmente.
A Fiocruz Pernambuco ressaltou que
a identificação do tipo de comprometimento neurológico, seja Síndrome de
Gulliian-Barré ou qualquer outra, não foi feita pelos pesquisadores da
Fundação e sim por médicos neurologistas da rede assistencial de saúde.
Ministério
da Saúde
esclarece:
1. Os casos de microcefalia estão relacionados ao
uso de vacinas vencidas?
MITO: O aumento de casos de microcefalia no país está
associado ao vírus zika, que é transmitido pelo mosquito Aedes
aegypti.
Não há registro na literatura médica nacional e internacional sobre
a associação do uso de vacinas com a microcefalia. Todas as
vacinas ofertadas pelo Programa Nacional de Imunização (PNI) são seguras.
O PNI é responsável pelo repasse, aos estados, dos imunobiológicos
que fazem parte dos calendários de vacinação. Uma das ferramentas
essenciais para o sucesso dos programas de imunização é a avaliação da
qualidade dos imunobiológicos.
O controle de qualidade das vacinas é realizado pelo laboratório
produtor obedecendo a critérios padronizados pela Organização Mundial
de Saúde (OMS).
Após aprovação em testes de controle do laboratório produtor, cada lote
de vacina é submetido à análise no Instituto Nacional de Controle de
Qualidade em Saúde (INCQS) do Ministério da Saúde.
Desde 1983, os lotes por amostragem de imunobiológicos adquiridos pelos
programas oficiais de imunização vêm sendo analisados, garantindo sua
segurança, potência e estabilidade, antes de serem utilizados na
população.
2. O aumento do número de casos de microcefalia
está relacionado ao uso de mosquitos com bactéria?
MITO: Não é verdadeira a informação de relação entre a
incidência do vírus zika com os mosquitos portadores da bactéria
Wolbachia.
Desde 2014, a Fiocruz, em parceria com
o Ministério da Saúde, desenvolve o projeto Eliminar a Dengue:
Desafio Brasil que propõe o uso de uma bactéria naturalmente
encontrada no meio ambiente, inclusive no pernilongo, chamada Wolbachia.
Quando presente no Aedes Aegypti, a bactéria é capaz de
impedir a transmissão da dengue pelo mosquito.
A pesquisa é inédita no Brasil e na América Latina. O estudo já foi
realizado, com sucesso, na Austrália, Vietnã e Indonésia – onde não
existem relatos de aumento dos casos de microcefalia.
3. O vírus Zika também pode causar
Guillain-Barré?
VERDADE: A síndrome de Guillain-Barré é
uma reação, muito rara, a agentes infecciosos, como vírus e bactérias, e
tem como sintomas a fraqueza muscular e a paralisia dos músculos.
A ocorrência da Guillain-Barré relacionada ao vírus continua
sendo investigada.
sendo investigada.
Os sintomas começam pelas pernas, podendo, em seguida, irradiar para o
tronco, braços e face.
A síndrome pode apresentar diferentes graus de
agressividade, provocando leve fraqueza muscular em alguns pacientes
ou casos de paralisia dos membros.
O principal risco provocado por esta síndrome é quando ocorre o
acometimento dos músculos respiratórios, devido a dificuldade para respirar.
URGENTE - Nesse último caso, a síndrome pode levar à morte, caso não sejam adotadas
as medidas de suporte respiratório.
4. O Ministério da Saúde mudou o parâmetro para
identificar a microcefalia para esconder o número de casos?
MITO: Todos os casos de crianças com
microcefalia relacionada ao vírus zika serão investigados.
A mudança para o parâmetro do perímetro cefálico igual ou menor de
32 centímetros segue recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), é apoiada pela Sociedade Brasileira de Genética Médica e tem suporte da
equipe do Sistema Nacional de Informação sobre Agentes
Teratogênicos (SIAT).
Portanto, a nova medida visa a evitar que bebês sem a malformação
sejam submetidos a uma série de exames desnecessários.
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PERGUNTA: NESTE TRISTE BRASIL, PODEMOS TER TOTAL CONFIANÇA NAS INFORMAÇÕES ACIMA?
CONVITE: VEJA OUTRO TEXTO SOBRE ESSE ASSUNTO NA PÁGINA "FALA QUEM SABE" DESSE BLOG.
Artigo importante e essencial nesta situação, que enfrentamos nos dias de hoje.A ´divulgação é primordial
ResponderExcluirObrigada Elimar.
ResponderExcluirMuito esclarecedor o artigo.
Obrigada
ResponderExcluirFiquei satisfeita com o artigo.
Muito esclarecedor.
Obrigada
ResponderExcluirFiquei satisfeita com o artigo.
Muito esclarecedor.