Buscar

17 de abril de 2016

As compensações cerebrais da idade.



Na maturidade, o cérebro reorganiza redes neuronais funcionais para amenizar as progressivas perdas de habilidades, o que pode prevenir ou amenizar os sintomas da Doença de Alzheimer e outras demências.

Durante a vida, em um continuum, todas as funções orgânicas, cerebrais ou não, vão gradativamente se alterando.
Sem precisão de idade, com o correr do tempo, na maioria dos casos, os olhos não enxergam como antes, as funções orgânicas perdem a exatidão, e a memória se reduz.



Que a idade modifica a mente, não é novidade.

O que é atual é o desvendar de como o cérebro humano funciona a partir da sétima década de vida.

A principal constatação, detalhada na revista Cerebral Córtex, é que o órgão utiliza uma reorganização, adquirindo novos processos.

É o caso da área responsável pela visão. Em jovens adultos, ela tem conexão fraca com a área relacionada ao raciocínio lógico. Conforme a idade aumenta, esses dois setores do cérebro passam a funcionar mais reiteradamente em conjunto.


Essa forma de compensação é uma
engenhosa  tentativa cerebral.

No caso da visão/raciocínio, algumas redes se comunicam mais entre si e passam a ficar ativas simultaneamente.
Apesar de, à primeira vista, esse novo mecanismo parecer uma boa alternativa, ele pode fazer com que o cérebro fique mais suscetível, aumentando a irritabilidade e comprometendo a execução de tarefas rotineiras.
Entre as habilidades comprometidas por esse mecanismo, estão as relacionadas com a atenção.

A maior conexão entre diferentes áreas cerebrais pode ainda estar relacionada à maior lentidão no momento de dar respostas, além de dificultar atividades que demandam mais atenção.


É sabido que o cérebro perde gradualmente a capacidade de processar informações, levando a um aumento dos mecanismos de defesa contra erros na absorção da informação.





   Estudos empregando a Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET) para obter imagens do acúmulo de fragmentos do peptídeo (placa) beta-amilóide no cérebro, em conjunto com a Ressonância Nuclear Magnética (RNM), têm mostrado a relação desses acúmulos de placas com mudanças nos padrões de conectividade cerebral.



Para a prevenção ou a minimização dos sintomas, são essenciais: experiências de vida,  maior escolaridade, aprendizado do novo, convivência familiar e social 
exercícios físicos, alimentação saudável,  e o
bem-estar psicológico.









Um comentário:

  1. Angela Halfeld Clark17/04/2016, 17:04

    Estou tentando melhorar meu desempenho cognitivo,através de exercícios físicos,alimentação adequada e psicanálise.Já notei melhora na memória.(os exercícios são na água).

    ResponderExcluir

PARA ENRIQUECIMENTO DESTE TEXTO, ENVIE O SEU COMENTÁRIO OU PERGUNTA.