O ENIGMA DO ALZHEIMER
"Decifra-me ou devoro-te"
Disse a Esfinge de Tebas a Édipo, sem sombra de
piedade.
O desafio milenar da esfinge, teatralizada por
Sófocles na peça Édipo Rei, ressurge mais atual e futurista a cada dia que a
humanidade avança em direção ao futuro.
Nem Édipo, decifrador de tantos enigmas,
talvez contribuísse hoje, desvendando formas de prevenir ou conter o avanço do
mal de Alzheimer que, como outras doenças degenerativas cerebrais, martiriza a
pessoa acometida, toda a sua família e a sociedade.
Estimativas da OMS nos dizem que cerca
de 48 milhões de pessoas apresentam alguma forma de demência, sendo o tipo
Alzheimer responsável por 70% delas.
Julianne Moore (acima) ganhou o Oscar por sua interpretação no filme "Still Alice" ou "Para sempre Alice" da jovem senhora, professora universitária, esposa e mãe que sofreu a doença de Alzheimer.
Aceita-se hoje, que a causa esteja
ligada ao acúmulo cerebral de placas anormais produzidas pela proteína
beta-amiloide: sua aglutinação entre os neurônios impede a atividade normal
deste.
NOVAS POSSIBILIDADES:
1. As placas seriam
mecanismos de defesa contra diferentes infecções cerebrais, reforçando a ideia
hoje cada vez mais considerada no mundo científico.
Quando o sistema
nervoso central (SNC) sofre ataque de vírus, fungos ou bactérias, que conseguem
ultrapassar a poderosa barreira hematoencefálica (protetora do SNC), e se torna
porosa com a idade, o sistema imunológico tenta contê-lo com as beta-amiloide,
"teias de aranhas" que capturam e matam esses microorganismos.
As placas de proteínas beta-amiloide seriam, pois, protetoras do cérebro contra as infecções.
Pesquisas injetando bactérias de salmonela no
hipocampo de ratos, tornou essa estrutura cerebral - sabidamente relacionada com a
memória - imediatamente repleta de placas:
CADA QUAL COM UMA BACTÉRIA EM SEU INTERIOR!
CADA QUAL COM UMA BACTÉRIA EM SEU INTERIOR!
2. O uso terapêutico do
tetraidrocanabinol (THC) e dos endocanabinoides (composto semelhante ao THC produzido
no nosso organismo), que sinalizam potencial de remover as placas.
Esta linha propõe que
essas moléculas (endógenas e exógenas) poderiam reduzir tanto o acúmulo
das placas no SNC, quanto a inflamação,
que poderia ser produzida pelas próprias placas.
PODE HAVER
UM AVANÇO NAS TENTATIVAS TERAPÊUTICAS:
O foco
mudaria para a prevenção (vacinas específicas) ou o tratamento dos processos inflamatórios.
SÃO APROXIMAÇÕES SUCESSIVAS EM BUSCA DO SUCESSO TERAPÊUTICO.
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