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5 de julho de 2016

O ENIGMA DO ALZHEIMER

"Decifra-me ou devoro-te"

Disse a Esfinge de Tebas a Édipo, sem sombra de piedade.

O desafio milenar da esfinge, teatralizada por Sófocles na peça Édipo Rei, ressurge mais atual e futurista a cada dia que a humanidade avança em direção ao futuro.


            Nem Édipo, decifrador de tantos enigmas, talvez contribuísse hoje, desvendando formas de prevenir ou conter o avanço do mal de Alzheimer que, como outras doenças degenerativas cerebrais, martiriza a pessoa acometida, toda a sua família e a sociedade.

            Estimativas da OMS nos dizem que cerca de 48 milhões de pessoas apresentam alguma forma de demência, sendo o tipo Alzheimer responsável por 70% delas.


Julianne Moore (acima) ganhou o Oscar por sua interpretação no filme "Still Alice" ou "Para sempre Alice" da jovem senhora, professora universitária, esposa e mãe que sofreu a doença de Alzheimer. 


            Aceita-se hoje, que a causa esteja ligada ao acúmulo cerebral de placas anormais produzidas pela proteína beta-amiloide: sua aglutinação entre os neurônios impede a atividade normal deste.

NOVAS POSSIBILIDADES:

1. As placas seriam mecanismos de defesa contra diferentes infecções cerebrais, reforçando a ideia hoje cada vez mais considerada no mundo científico.

Quando o sistema nervoso central (SNC) sofre ataque de vírus, fungos ou bactérias, que conseguem ultrapassar a poderosa barreira hematoencefálica (protetora do SNC), e se torna porosa com a idade, o sistema imunológico tenta contê-lo com as beta-amiloide, "teias de aranhas" que capturam e matam esses microorganismos. 


As placas de proteínas beta-amiloide seriam, pois, protetoras do cérebro contra as infecções.




Pesquisas injetando bactérias de salmonela no hipocampo de ratos, tornou essa estrutura cerebral - sabidamente relacionada com a memória - imediatamente repleta de placas:

CADA QUAL COM UMA BACTÉRIA EM SEU INTERIOR!


2. O uso terapêutico do tetraidrocanabinol (THC) e dos endocanabinoides (composto semelhante ao THC produzido no nosso organismo), que sinalizam potencial de remover as placas.

Esta linha propõe que essas moléculas (endógenas e exógenas) poderiam reduzir tanto o acúmulo das  placas no SNC, quanto a inflamação, que poderia ser produzida pelas próprias placas.




PODE HAVER UM AVANÇO NAS TENTATIVAS TERAPÊUTICAS:

O foco mudaria para a prevenção (vacinas específicas) ou o tratamento dos processos inflamatórios.

SÃO APROXIMAÇÕES SUCESSIVAS EM BUSCA DO SUCESSO TERAPÊUTICO. 










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