DISTIMIA
Por
que os livros de Psiquiatria a ela se referem como
a TEMIDA DISTIMIA?
Porque é um quadro
psiquiátrico de diagnóstico complicado, frequentemente subdiagnosticado, de tratamento complexo e de prognóstico nem sempre favorável.
Todos os psiquiatras tratam
TRANSTORNOS de HUMOR
diariamente e conhecem bem essas dificuldades.
·
A DISTIMIA é chamada a síndrome do mau humor,
na qual o paciente está sempre irritado, explosivo, nervoso, pessimista, em
rixa, contenda, litígio, desavença, discórdia e
confrontos intrapsíquicos permanentes.
·
Por jamais estar satisfeito, mas sempre queixoso,
negativista e instável, seu padecimento inferniza não apenas a sua vida como a dos familiares e de todos à sua volta, maltratando-os por comportamentos descontrolados, imprevisíveis e pela retração social.
· É pessoa mal-vista no ambiente
de trabalho, não raramente indesejável, permanecendo pouco em cada lugar,
embora possa ser muito capaz profissionalmente.
· Recusa-se a acreditar que precise de
ajuda profissional, até que não suporta mais o sofrimento, a falta da alegria e
da felicidade.
Geralmente ocorre o seguinte:
- O paciente procura um não-especialista que, na maioria das vezes, vê apenas a ponta do iceberg e, tentando ajudar rapidamente, prescreve-lhe ansiolíticos.
- Os ansiolíticos amenizam imediatamente a parte ansiosa do quadro, aliviando parcialmente os sintomas por um certo tempo. Mas é apenas uma melhora subclínica, sem trazer a necessária solução.
- · Como o transtorno de base (que faz parte do espectro depressivo), não foi identificado, essa conduta concorre, involuntariamente, para a cronificação da Distimia.
·
De forma bem simples, a distimia (disforia
crônica) é um quadro depressivo crônico,
com sintomas de intensidade mais leve do que na depressão maior, de início
precoce, trazendo sofrimento e prejuízo significativos para o paciente e para
os que com ele convivem.
·
A Distimia tem frequência equivalente em
ambos os sexos e pode ser diagnosticada em todas as faixas etárias.
·
Apresenta
Comorbidade com transtornos ansiosos e de personalidade, com os quais são repetidamente
confundidos.
Quanto mais cedo se conseguir
estabelecer
o diagnóstico mais possível será o tratamento,
para alívio de todos.
Muito bem salientado por você o quadro de Distimia. A importância desse diagnóstico se faz mister, para o convívio de familiares, ambientes de trabalho, tratando os que sofrem com tamanho mau humor e devolvendo a alegria da convivência. Parabéns mais uma vez, querida Elimar!
ResponderExcluirExcelente!
ResponderExcluirComo sempre, informação qualificada para leigos. Precisão e concisão de linguagem são características de seus textos, tornando agradável a leitura de assunto tão denso.
ResponderExcluirEspecial abraço
Shirley