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18 de fevereiro de 2015

A quem interessa? 



Que os Psicofármacos sejam prescritos sem o necessário conhecimento?


É o caso de um homem que está em tratamento cardiológico, em uso de 
antihipertensivos, amiodarona (anti-arrítmico) e digoxina.

Ele se queixou ao seu vizinho: "ando desanimado, com dificuldade sexual, sem vontade de nada.... "estou acabado".

O amigo, com a intenção de ajudá-lo, recomenda-lhe a Erva de São João (Hypericum perforatum) para seus “problemas emocionais”.


Dois dias depois, ocorre grave descompensação cardíaca com internação hospitalar de urgência.


Leva dias para o paciente revelar ao seu cardiologista o medicamento acrescentado.


O Hypericum perforatum (Erva de São João) é uma medicação de origem vegetal e parte-se, erroneamente, do pressuposto de que medicações naturais são mais fraquinhas e não oferecem risco.

Nada mais falso!

O vizinho não sabia que esse fitoterápico altera a farmacocinética da digoxina, medicação necessária para manter a função cardíaca do seu amigo, e eleva a concentração da amiodarona no sangue, reduzindo o número de batimentos cardíacos.

Mais: os "sintomas depressivos" eram apenas um efeito colateral dos anti-hipertensivos em uso. Seria simplesmente modificá-los caso o paciente tivesse manifestado suas dificuldades ao seu cardiologista.

Esse é um caso, entre numerosos outros, em que a medicação foi aconselhada por pessoa sem preparo nesta área e sem conhecimento do risco decorrente das interações medicamentosas.

Ø  Leia nesta página, em publicação  anterior,  o texto sobre 
Interações Medicamentosas. - Nem sempre elas são danosas. Muitas vezes são cuidadosamente planejadas pelo médico para serem benéficas ao tratamento.

Quanto aos profissionais de saúde, seria desejável que todos dominassem todos os campos terapêuticos. No entanto, com a complexidade de cada âmbito de atuação, isso é claramente impossível.


A responsabilidade da prescrição é do
Médico ou do Odontólogo.


Estranha é a pressão para que TODOS prescrevam psicofármacos, mesmo com o perigo de inverter a relação custo-benefício, com riscos para o paciente. 

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